A Persistência da Pintura | Amara Toledo, Carmen Morillo, Claudia Suárez, Lucía Tello e Sofía González

 

Amara Toledo, pintura a óleo s/ linho
Amara Toledo, pintura a óleo s/ linho
Carmen Morillo, pintura a óleo s/ tela
Carmen Morillo, pintura a óleo s/ tela
Sofía González, pintura a óleo s/ papel
Sofía González, pintura a óleo s/ tela
Claúdia Suárez, pintura a óleo s/ papel
Claúdia Suárez, pintura a óleo s/ papel
Lucia Tello, técnica mista s/ cartão
Lucia Tello, técnica mista s/ madeira


Nota de Imprensa:

A Persistência da Pintura

Inauguração: 9 de Novembro às 18h00

De 9 de Novembro até 29 de Dezembro de 2019

Museu Municipal de Faro
Praça Dom Afonso III 14, 8000-149 Faro
Horário: 3ª. a 6ª das 10h00 às 18h00 / Sáb. e Dom. das 10h30 às 17h00.
Encerra 2ªs e feriados

Com esta exposição colectiva de pintura, não só inauguramos o novo ciclo de arte contemporânea “Preces para afugentar tempestades, insectos malignos, etc.”, como iniciamos o que gostaríamos fosse um contacto regular com a produção artística contemporânea andaluza e, naturalmente, dado o seu dinamismo e dimensão, com especial atenção ao que hoje se faz em Sevilha.

Esta mostra, com a participação das artistas Amara Toledo (Sevilha, 1997), Carmen Morillo (Sevilha, 1989), Claudia Suárez (Huelva, 1994), Lucía Tello (Sevilha, 1996) e Sofía González (Sevilha 1994), permite-nos um olhar, ainda que parcial, sobre a mais recente geração da pintura sevilhana.

A persistência da pintura é a um tempo, título da exposição e expressão da minha surpresa pela vitalidade da pintura como disciplina plástica de eleição na actual Sevilha. É que, após tanto se ter anunciado a morte da pintura — sobretudo a figurativa —, esta colectiva vem testemunhar a perenidade da rica tradição pictórica sevilhana.

De facto, nesta exposição, todas as artistas recorrem com grande liberdade a uma figuração expressiva, em que imagens de proveniência variada, processadas e plasmadas pelos meios da pintura sobre suportes diversos, como que vêm reorganizar uma realidade aparentemente caótica, conferindo particulares sentidos ao mundo.

Amara Toledo (Sevilha, 1997), parte da imagem como “contentor de memórias” que, tratadas através da linguagem pictórica, adquirem novos significados e uma nova temporalidade. Após o que, em contexto expositivo, dão lugar a novas narrações que venham trazer alguma lucidez ao “bosque caótico” em que estamos submergidos.
Formada em Belas Artes na Universidade de Sevilha (2015-2019), realiza actualmente o mestrado em pintura na Euskal Herrico Unibertsitatea em Bilbau. Foi bolseira da Universidade de Barcelona em 2018, e no mesmo ano realizou VII Curso de figuración y realismo ministrado por Andrés García Ibáñez e por Antonio López (Olula del Rio), e o Curso Superior de Paisaje leccionado por Carmen Andreu (Priego de Córdoba). Expõe desde 2017.

Carmen Morillo (Sevilha, 1989), revela um óbvio interesse pela pintura figurativa, sobretudo pelo retrato e a natureza morta como géneros pictóricos, a que junta a atenção pelas questões de género. É a partir destes referentes que, com a sua pincelada ágil e destreza como colorista, com fantasia e fino humor, realiza pinturas construindo personagens inspiradas na mitologia, na religião ou na actualidade profana.
Conclui a sua formação em Belas Artes pela Universidade de Sevilha em 2016, tendo realizado diversos cursos de especialização, nomeadamente 2015 e 2018, os de Realismo e Figuração na Pintura no Museo Casa Ibáñez em Almería, com Antonio López e Andrés García Ibáñez. Obteve o 2º. Prémio Nacional de Pintura Ocaña 2019. Expõe a sua obra desde 2014. 

Claudia Suárez (Huelva, 1994), atenta à realidade envolvente, usa a fotografia para recolher as cenas do quotidiano balnear, que trata posteriormente através de uma execução livre e versátil, explorando as possibilidades expressivas da pintura figurativa — aqui, não apenas instrumento de reflexão e análise do comportamento social num contexto de veraneio, mas também reflexo de um fascínio pessoal pelo banal e o trivial na complexidade contemporânea.
Formada em Belas Artes na Universidade de Sevilha (2012-2017), expõe desde 2016, tendo obtido vários primeiros prémios em concursos de pintura em Espanha.

Lucía Tello (Sevilha, 1996), com imagens recolhidas ocasionalmente — vestígios fugazes da passagem do tempo —, usa os recursos da matéria pictórica para materializar as suas visões intuitivas, oníricas e enigmáticas, dando lugar a paisagens/prismas sobre um mundo interior — pessoal, mas transmissível.
Formada em Belas Artes na Universidade de Sevilha (2014-2019), onde recebeu a Bolsa de Colaboração do Departamento de Pintura (2018-2019), conta já com algumas exposições em Espanha e no exterior. Actualmente, frequenta o curso de 2019-2020 da Fundación Antonio Gala de Jóvenes Creadores, em Córdova, para o qual foi seleccionada.

Sofía González (Sevilha 1994), sensível aos ambientes de interior, a um universo familiar, privativo, por vezes íntimo, solene ou banal, donde retira a matéria que dá origem às suas pinturas de um colorido frugal, onde as imagens fragmentadas adquirem sentidos surpreendentes.
Em 2018 conclui a sua formação em Belas Artes na Universidade de Sevilha, incluindo a frequência de um ano na Universidade de Granada. Expõe a sua pintura desde 2016 tendo, já este ano, executado o seu primeiro mural no contexto da iniciativa La Ciudad Invadida, integrada nas jornadas de arte contemporânea promovidas pelo Ayuntamiento de Guillena.


“Preces para afugentar tempestades, insectos malignos, etc.”, é o título do novo ciclo de arte contemporânea organizado pela Artadentro em parceria com Museu Municipal de Faro, que decorrerá até 5 de Julho de 2020. São cinco mostras que trazem a Faro pintura, desenho, escultura, fotografia 3D, cinema e outras surpresas, com parcerias do Cineclube de Faro e da Appleton, financiado pelo Município de Faro.

Assim, além das artistas andaluzas Amara Toledo, Carmen Morillo, Claudia Suárez, Lucía Tello e Sofía González, teremos entre nós obras de Michael Biberstein (Appleton), Edgar Pêra (Cineclube de Faro), João Queiroz e Miguel Cheta, entre outros.
Ver programa completo aqui:


The Persistence of Painting

From 9th of November to 29th of December of 2019

Faro Municipal Museum
Praça Dom Afonso III 14, 8000-149 Faro
Hours: Tuesday to Friday from 10am to 6pm / Saturday and Sunday from 10am to 5pm.
Closed Mondays and holidays.

With this group exhibition of painting, we not only inaugurate a new cycle of contemporary art “Prayers to scare storms, malignant, etc.”, we also initiate what we would like to be a regular contact with an Andalusian artistic contemporary production and, naturally, given its dynamics and dimension, with special attention to what is done today in Seville.

The persistence of painting is a time, title of the exhibition and expression of my surprise by the vitality of painting as vital plastic discipline in today’s Seville. The case is that, after announcing the death of painting – mainly the figurative one – this group display testifies the everlasting characteristic of this artistic discipline and the rich pictorial tradition of Seville.

In fact, in this exhibition, all the artists use with great freedom an expressive figuration, in which the images from varied provenances, processed and produced through painting on different supports, with the purpose of reorganizing a reality apparently chaotic, conferring particular senses to our experience of the world. 

Amara Toledo (Seville, 1997), perceives image as a “container of memories” that, treated through the pictorial language, acquire new meanings and a new temporality. Subsequently, in an exhibition, they give place to new narratives that bring lucidity to the “chaotic forest” in which we are submerged.
Graduated in Fine Arts at the University of Seville (2015-2019), today attends to the Master in Painting at the Euskal Herrico Unibertsitatea in Bilbao. In 2018 Amara held a scholarship at the University of Barcelona, attended to the Curso de figuración y realismo taught by Andrés García Ibáñez and Antonio López (Olula del Rio), and the Curso Superior de Paisaje taught by Carmen Andreu (Priego de Córdoba). Has exhibited her works since 2017.

Carmen Morillo (Seville, 1989) reveals an obvious interest by figurative painting, mainly portrait and dead nature as pictorial genres, to which adds the questions of genders. These are the fields upon which she, with her agile stroke and talent as a colourist, with fantasy and fine sense of humour, produces paintings and creates characters inspired in mythology, religion or in profane present time.
In 2016 she concluded her education in Fine Arts at University of Seville and concentrated on courses of specialization, namely in 2015 and 2018, on Realism and Figuration in Painting at Museo Casa Ibáñez in Almeria, with Antonio López and Andrés García Ibáñez. Carmen was awarded with 2nd National Prize of Painting 2019. Has exhibited her works since 2014. 

Claudia Suárez (Huelva, 1994) pays attention to the surrounding reality and uses photography to collect scenes of seaside daily life, which she subsequently works through a free and versatile execution, exploring the expressive possibilities of figurative painting – here, not a mere instrument of reflection and analyses of social behaviour in a summer context, but also the reflection of a personal fascination by the banal and trivial in contemporary complexity.
Graduated in Fine Arts at the University of Seville (2012-2017), Claudia has exhibited her works since 2016 and has been awarded with several first prizes in painting competitions held in Spain.

Lucía Tello (Seville, 1996) expresses herself through images collected occasionally – fleeting vestiges of the passage of time – and uses the resources of the pictorial objects to materialize her intuitive, dreamlike and enigmatic visions, which give life to landscapes / perspectives about an interior world – personal, but transmissible.
Graduated in Fine Arts at the University of Seville (2014-2019), where she received a Cooperation Scholarship from the Department of Painting (2018-2019). Lucía has already exhibited her works in Spain and abroad. Today attends the course of 2019-2020 at the Fundación Antonio Gala de Jóvenes Creadores, in Cordova, to which was selected.

Sofía González (Seville 1994) is sensitive to interior atmospheres, to a family, private, sometimes intimate, solemn or banal universe from which she withdraws the matter that gives origin to her paintings of a limited palette, where the fragmented images acquire surprising meanings.
In 2018 concluded the graduation in Fine Arts at the University of Seville, including one year at the University of Granada. Sofía has exhibited her painting since 2016 and this year she executed her first mural in the scope of the initiative called La Ciudad Invadida that is part of the Jornadas de Arte Contemporáneo promoted by the Ayuntamiento de Guillena.

Artadentro,
Vasco Vidigal