SHAZAAAM?
Ana Borralho & João Galante, António Olaio, Christine Henry, Edgar Pêra, João Paulo Serafim, Leandro Monteiro, Milita Doré, Rita Macedo
Inauguração: 20 de Novembro às 18H00
De: 20 de Novembro a 18 de Dezembro de 2021
Fábrica da Cerveja
Rua do Castelo, 8000-149 Faro
Horário: Terça a domingo das 10h00 às 17h00
Encerra: segundas-feiras
Shazaaam?, é uma iniciativa da Gravity Discover – Produção de Eventos, Lda. com curadoria da Artadentro, no âmbito do projecto Espaço Intermédio/Space Between. Primeiro construído em modo de urgência, como que num encantamento e, depois, por várias condicionantes, desliza no tempo de Agosto a Novembro, como que a alertar para o carácter ambivalente, poderoso e débil, das soluções mágicas.
Também as obras em exibição em Shazaaam?, como de costume em arte, interrogam os tempos e apontam a imperiosa necessidade e até o custoso dever, de cada um construir o seu próprio “túnel de realidade” e, claro, assim proceder ao longo da vida, perscrutando os tempos e as várias dimensões do “real”, acercando a possibilidade de possuir, tal como o Capitão Maravilhoso, a “magia” mais ou menos espectacular da transmutação de si e do mundo.
Shazaaam?, momento mágico de transmutação espectacular, agora na interrogativa — emprestado da famosa personagem de BD, Capitão Maravilha ou Maravilhoso, mais tarde Marvel —, exposição multimédia com a participação de um importante conjunto de autores contemporâneos, oriundos do cinema, música, performance e artes visuais, com percursos em Portugal e no estrangeiro.
Sobre os artistas:
Ana Borralho (1971.Lagos, Portugal) e João Galante (1968.Luanda, Angola) estudam artes visuais na AR.CO (Lisboa). Trabalham regularmente nos anos 90 como actores/co-criadores com grupo de teatro físico “Olho”. Desde 2000, formam uma dupla que cria projetos em arte performática, dança, instalação, fotografia, arte sonora e vídeo-arte. Ana Borralho & João Galante abordam usualmente temas como “corpo/mente, fora/dentro, emoção/sentimento, eu/outros, privado/público, social/política, ambiguidade de género/sexual, imaginário erótico, auto-retrato.”
Ana Borralho & João Galante, são co-fundadores da banda de não-músicos Jimmie Durham e da associação cultural casaBranca. São também directores/curadores artísticos do festival de live art Verão Azul (Lagos/Portugal), e co-curadores do extinto festival de música electrónica Electrolegos (Lagos/Portugal).
António Olaio (Sá da Bandeira, Angola, 1963). Vive em Coimbra. Professor no Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, é Director do Colégio das Artes e investigador do Centro de Estudos Sociais da UC. Artista visual e performer, António Olaio é fundador do grupo Repórter Estrábico em 1986. Desde 1995, as canções que compõe com o músico João Taborda integram frequentemente os seus vídeos e exposições.
Christine Henry (Porto, 1958), de pais franceses, instala-se no Algarve em 1981, onde trabalha no seu atelier de Loulé. Pós-graduação em Artes e Programação Cultural no Inst. Superior D. Afonso III – Loulé 2006.
Num processo de encorajar e permitir que determinados objectos existam de maneira diferente, gosta da ideia segundo as quais algumas formas se manifestam e se libertam por si próprias. É assim que a obra a dirige, e não o contrário, criando uma dimensão paralela à sua própria vida, num movimento implícito de curiosidade no que ainda não foi terminado.
Através da escultura, da fotografia, da pintura, do vídeo e espaços arquitectados, Christine Henry trabalha tanto o infinitamente grande do universo como o infinitamente pequeno do viver, num “flirt” de linguagens interligadas, como a identidade, o espelho, o vazio, o lugar, o tempo, e esse algo de maravilhosamente misterioso que é a ausência.
Edgar Pêra (Lisboa, 1960). Licenciado pela Escola Superior de Cinema, estuda Psicologia e é doutorado pela Universidade do Algarve em Comunicação, Cultura e Arte. Um artista que tem o cinema como médio de eleição, com vasta e importante obra cinematográfica, incluindo curtas-metragens, longas-metragens, cine-diários, micro-filmes e net-filmes. Edgar Pêra cria cine-concertos e cine-espectáculos, realiza vídeos e filmes para espectáculos. Escreve argumentos e ficções, publica livros, faz banda desenhada, escreve para a imprensa e produz para rádio. Produz trabalho de publicidade e propaganda. Como artista plástico, realiza instalações e intervenções trans-media, assim como mostras de fotografia. A sua obra cinematográfica, objecto de numerosas retrospectivas em Portugal, em Espanha, Holanda, França, Irlanda e Coreia do Sul, é premiada em reputados festivais um pouco por todo o mundo.
João Paulo Serafim (Paris, 1974), vive e trabalha em Lisboa. Fez a sua formação artística no Ar.Co., em Lisboa, onde é professor de fotografia desde 1998. Expõe regularmente desde 1998. Em 2006, recebe o prémio Purificacíon Garcia. A obra de João Paulo Serafim integra importantes colecções públicas e privadas como a Colecção do Centro de Arte Moderna, da Fundação Calouste Gulbenkian, Colecção BES-ART, Colecção Fundação PLMJ ou a Colecção Purificacíon Garcia, Espanha, entre outras.
Leandro Monteiro (Recife, Brasil, 1998), licenciado em artes visuais na Universidade do Algarve; trabalhou como assistente de direcção na produtora Cine da Vinci (Brasil) na confecção do curta metragem “Eu Nunca” (2017) e como actor e assistente de fotografia no curta metragem “Por Acaso” (2016); expôs em Faro na “OpenStudios” (2020) e em Loulé na exposição de finalistas da Universidade do Algarve “Telhados de Vidro” (2021).
Milita Doré (Albufeira, 1958) vive entre Paris e Cannes até aos 30 anos antes de regressar ao Algarve em 1988. Em 2009 frequenta as aulas de teoria da estética no Ar.Co e, entre 2009 e 2012, os cursos de arte contemporânea do Mobilehome organizados por Numo Faria. Em 2018 licencia-se em artes visuais na UALG em Faro e integra a associação 289.
O trabalho de Milita Doré, de forma geral, incide à volta do corpo, presente ou ausente. Interessa-se pela condição humana no seu contexto psicológico, que aborda através do desenho, pintura, instalação, fotografia, vídeo e/ou som. Expõe desde 2004.
Rita Macedo (Lisboa, 1983), é uma cineasta e artista de vídeo portuguesa baseada em Berlim, que desde 2018 ensina filme/vídeo na Universidade de Belas Artes de Braunschweig.
Fascinada pela afinidade poética entre imagens em movimento e fluxos de pensamento, as obras de Rita Macedo operam frequentemente no domínio do documental e da ficção especulativa, com especial foco na criação de significado, memória e história.
Os seus filmes foram mostrados em várias galerias e festivais tais como Encounters South Africa Documentary Film Festival, IndieLisboa International Film Festival, Kasseler Dokfest, European Media Art Festival, São Paulo International Short Film Festival, Curtas Vila do Conde, Encounters Short Film and Animation Festival.
Artadentro,
Vasco Vidigal