Desenho | Tatiana Amaral

exposição de desenho de Tatiana Amaral na Artadentro em Faro

S/título, 2006
Técnica mista s/papel, 75 x 55 cm

 

Nota de Imprensa

Desenho

De 9 de Fevereiro a 29 de Março de 2008

 

Tatiana Amaral (Lisboa, 1982), vive e trabalha na Amadora. Entre 1997 e 2001, estudou teatro nas Oficinas de Teatro de Lisboa, na Comuna e no Teatro Taborda, e fez o Curso Geral de Artes da António Arroio, em Lisboa. Depois, entre 2001 e 2005 estudou desenho e pintura no Ar.Co., donde saíu para realizar o Curso Avançado de Artes Visuais na Maumaus de 2005 a 2006, em Lisboa. Participou em exposições colectivas, e individualmente, esta será a sua segunda apresentação na Artadentro.

Passados dois anos sobre a primeira exposição individual de Tatiana Amaral, realizada na Artadentro, é chegado o momento de voltarmos a mostrar o trabalho desta autora, dando conta da evolução entretanto verificada.

As obras de Tatiana Amaral, até aqui realizadas apenas “de memória”, apoiadas em apontamentos textuais e recordações de momentos passados, grafados na superfície com uma intuição “educada” pelo conhecimento da tradição e linguagens do desenho e da pintura, passam agora a incorporar representações figurativas de objectos presentes.

Este enriquecimento da sua linguagem, vem criar uma ruptura importante ao método até aqui adoptado. De facto, a um fazer não premeditado, “em estado de inocência”, em que a autora concentra a sua atenção na identificação do seu momento interior com a realização da obra, é agora introduzida a realidade do objecto presente. Esta deslocação da atenção, do passado ao presente, do interior ao exterior, do expressar de sensações subjectivas à representação objectiva da realidade, obriga Tatiana Amaral a reposicionar-se perante si própria e perante a sua obra. Da mesma forma, o espectador anteriormente colocado perante o exclusivamente privado, tem agora, aparentemente, a tarefa facilitada pela evidência de um elemento “público” — um véu ténue, que logo o remete, suavemente, para um outro universo inexplorado.

 

Artadentro,

Vasco Vidigal